Em modo gratidão

E hoje estamos assim: em modo de lembrar a importância de agradecer aquilo que temos e aproveitar todos os bocadinhos para ser feliz!

A menina que roubava gargalhadas

Hoje uma sugestão de leitura + pintura, a Menina que roubava gargalhadas, conto escrito por Inês Pedrosa, inspirado na obra de Júlio Pomar. No final do livro comentários sobre o Mundo de Júlio Pomar... especialmente para aqueles filhos mais "artistas" e com interesse nestas área!

E quando eles têm dificuldade em fazer amigos?

A capacidade dos filhos para iniciarem e manterem uma relação de amizade com outras crianças é uma das maiores preocupações dos pais com quem nos cruzamos.
Histórias de crianças que passam os intervalos sozinhas, que não são convidadas para as festas e que muitas vezes são gozadas ou vítimas de algum tipo de perseguição não são incomuns e podem ter repercussões importantes no desenvolvimento infantil, sobretudo ao nível da auto-estima e isolamento social.
O que podemos então fazer para as ajudar?
Em primeiro lugar, reconhecer que não é fácil para todas as crianças (como não é para todos os adultos) fazer amigos. Para umas, é um dom natural; mas para outras, sobretudo aquelas mais impulsivas ou agitadas, com um temperamento mais difícil ou inibido ou para aquelas que por alguma razão são diferentes, esta capacidade pode precisar de ser trabalhada e ter um "empurrãozinho" dos pais.
Assim, o primeiro passo é treinar com as crianças em casa as competências sociais adequadas que lhes permitam iniciar e manter uma interação (por exemplo, treinar a pergunta "queres brincar comigo?" ou "posso brincar contigo"?). Este treino pode ser feito durante os nosso 10 m de brincadeira diários, com bonecos, livros ou outros brinquedos que ajudem no faz-de-conta
Quando a criança tiver adquirido estas competências, é importante ajudá-la a treiná-las. Podemos fazê-lo convidando um amigo para vir brincar a nossa casa; quando vamos ao parque infantil ou mesmo quando vamos com elas a alguma festa em que estejam outras crianças. O melhor é começar com apenas um amigo e só depois aumentar o número de crianças envolvidas na interação.
Promover a interação dos nossos filhos com outras crianças, em contextos para além do escolar, é uma tarefa importante. Atividades desportivas, escuteiros ou outras que promovam a relação podem ser boas oportunidades para as crianças ampliarem a sua rede de pares, experimentarem interações diferentes das que experimentam na escola e sentirem-se mais confiantes e seguras das suas capacidades.
Como tudo o que envolve a educação dos mais pequenos, também esta tarefa exige de nós um olhar atento sobre o mundo deles e a capacidade de os escutarmos (mesmo quando a conversa deles parece de faz de conta), para nos podermos aperceber a tempo de possíveis dificuldades e intervir o mais cedo possível.

Marmelada (bom para armazenar!)

Outra receita de Marmelada (daqui: http://paracozinhar.blogspot.pt/2006/11/marmelada-da-minha-av-e-geleia-de.html)
Ingredientes:

1kg de marmelo limpo
1kg de açúcar
1dl de água

Preparação:

Levar os marmelos cortados em pedaços ao lume com o açúcar e a água. Deixar cozer bem. Quando tudo estiver cozido, reduzir a puré com a varinha mágica, de modo a ficar uma mistura homogénea. Deixar ferver mais um pouco até atingir o ponto de estrada.
Deitar em tacinhas e deixar secar com uma tampa de papel vegetal embebida em aguardente.

Bom apetite!

Calma... eu não quero ir por aí!

Ontem a conversa de café foi assim:

"Mas isto de crianças mais difíceis não é para todos", "pois não, ontem deram-me os parabéns, pela calma que mantinha, mesmo durante as crises de independência da minha pirralhinha".
E depois de partilharmos algumas angústias e felicidades, ficaram para cada uma de nós algumas ideias:
- Ter calma é mesmo muito importante, respirar fundo, parar e pensar! Fazer um enorme esforço por não ir atrás do comboio deles (alguém sabe onde é que ele vai parar?).
- Distraír, distraír, mudar de conversa, chamar a atenção para outra coisa (antes da coisa descambar)!
- Antecipar... e antes disso, observar o padrão: o que acontece normalmente antes de... a coisa não vem do nada, mesmo que pareça repentina.
- Quebrar o ciclo negativo, melhor ainda, tentar não entrar nele (tu és más... não me fales assim...falo-te como quero... quem manda é mãe... não...). Estraga a relação e aumenta os maus comportamentos.
- Aproveitar tudo, mesmo que pequenino, para dar um elogio, um sorriso, uma palavra positiva  - a criança normalmente responde com mais comportamentos positivos!

É bom ter alguém com quem falar sobre os míudos!

Atividades para a família (onde procurar?)!

Esta semana em vez de uma atividade, sugerimos que se inspire no roteiro mensal do Estrelas e Ouriços (http://estrelaseouricos.familia.sapo.pt). Desde o teatro, a música, cinema, parques, livrarias... informação toda reunida e que ajuda a programar feriados e fins-de-semana. Com o mês 10 quase a terminar, parece boa ideia esperar pelo próximo roteiro e fazer o download assim que disponível!

Post semanal para os Pais

Leitura xxs...

Desta vez um livro de imagens para os mais pequenos... onde aquilo que conta é a ilustração! Bom para estimular a criatividade dos papás e crianças, e ao mesmo tempo engraçado, uma vez que toda a história é acompanhada de onomatopeias. Conta a história de um pai Rato à procura de comida para os filhos. Da editora Roda & Cia, autoria de Beatriz Ribeiro com Ilustrações de Rita Duque. A não perder! (retirado de asas-de-peixe.blogspot.com)

Devo levar o meu filho ao psicólogo?: parte 2

Há umas semanas atrás partilhámos o artigo: Devo levar o meu filho ao psicólogo?, de Maria do Céu Salvador, psicóloga e diretora clínica do Psikontacto. Hoje vai a segunda parte, com alguns indicadores aos quais devemos estar atentos, mas que só por si, não dizem nada ! O contexto da crianças, os acontecimentos de vida, a intensidade, frequência e interferência dos problemas no dia-a-dia da criança também devem ser tomados em consideração. Para estarmos mais atentos e informados, partilhamos este texto, também da Céu Salvador. Boa leitura.

Compreender e lidar com os filhos seria muito mais fácil se eles viessem com manual de instruções. Como não vêm, são necessários critérios que ajudem a distinguir uma dificuldade normativa e transitória de um problema que necessita de intervenção. Ter informação acerca de algumas perturbações mais comuns, pode ser útil, não para rotular a criança, mas para reconhecer sinais clinicamente significativos e atuar. Assim sendo, apresentamos alguns desses indicadores, aos quais pais e outros profissionais devem estar alerta e requerer ajuda profissional.

- Enurese: emissão repetida de urina, durante o dia e/ou durante a noite, na cama ou nas roupas, pelo menos 2 vezes por mês durante 3 meses consecutivos, na ausência de uma razão médica e em crianças com, pelo menos, 5 anos de idade.

- Hiperatividade com Défice de Atenção: excesso de desatenção, impulsividade e/ou hiperatividade, em dois ou mais contextos, pelo menos durante 6 meses e com um início anterior aos 7 anos, que interferem significativamente com o funcionamento social, académico ou familiar.

- Perturbação de Oposição: comportamentos sistemáticos de desobediência e oposição, com uma duração mínima de 6 meses e com uma interferência significativa.

- Perturbação da Leitura, da Escrita ou do Cálculo: o rendimento da leitura, escrita ou cálculo situa-se muito abaixo do nível esperado para a idade, escolaridade e inteligência da criança, não é devido a qualquer défice visual, auditivo ou neurológico e interfere significativamente com o rendimento escolar.

- Ansiedade de Separação: ansiedade persistente, excessiva e inapropriada para a idade relativamente à separação de pessoas significativas (pais), com uma duração mínima de 4 semanas, que provoca mal-estar significativo ou interferência nalguma área de atividade (por ex., recusa escolar).

- Fobia Social: medo acentuado e persistente e/ou recusa de situações sociais ou de avaliação (por ex., interação com colegas da mesma idade ou testes na escola). Estas dificuldades interferem significativamente com o bem-estar ou com as rotinas normais e duram, pelo menos, há 6 meses.

- Mutismo Seletivo: recusa persistente em falar, em situações em que se espera que o faça (por ex., jardim de infância/escola), apesar de compreender a língua e falar noutras situações, com uma duração mínima de1 mês.

- Depressão: manifestação, pelo menos durante 2 semanas, de sintomas como tristeza, choro fácil ou irritação, diminuição clara do interesse em quase todas as atividades, diminuição ou aumento do apetite, do sono, ou da atividade motora e sentimentos de desvalorização pessoal.

Estes indicadores, por si só, não chegam para considerar uma situação como clínica, nenhum manual consegue operacionalizar a imensidão de características de cada criança, de cada pai, de cada contexto e, mais difícil ainda, a imensidão de combinações possíveis entre toda esta informação, para determinar como compreender e agir perante cada caso específico. Tal compreensão e a consequente atuação ficarão sempre dependentes do conhecimento da criança e dos seus contextos, bem como dos conhecimentos técnicos e da arte do psicólogo para criar, em colaboração com todos, mais e melhores formas de contribuir, de uma forma decisiva, para a construção de um desenvolvimento harmonioso.

Receita da semana

Depois de um fim-de-semana de festa em festa, a nossa sugestão culinária da semana não é bem uma receita, mas sim uma sugestão de blog de bolos (e outras coisas doces) de aniversário, para mães menos jeitosas (como nós!!).
Ora espreitem lá o blog e digam se esta mãe não faz coisas lindas e de comer e chorar por mais?

http://www.bolinibolini.blogspot.pt/

Rotinas matinais

A propósito de uma dificuldade apresentada ontem por um casal num grupo de pais, ficam algumas sugestões para "apressar" a rotina matinal, tantas vezes difícil e demorada:
- Transforme a hora de vestir numa corrida: "Depressa, vamos ver quem ganha!"
- "Vamos ver se consigo vestir-te antes de chegar ao 20!"
- "Temos de nos vestir depressa se queremos chegar a horas à festa (à piscina; ao cinema)"
- Permitir-lhes escolher entre duas roupas ("queres vestir esta ou aquela?")
- "Vamos ver se consegues vestir-te antes do relógio tocar!"

E vocês, têm algum truque para apressar a rotina matinal?

Manhãs de Domingo

E para este fim-de-semana a nossa sugestão não podia deixar de ser esta:o primeiro Domingo com os Pequenos, no Psikontacto, em Coimbra!
Com a realização destas iniciativas, no 3ª Domingo de cada mês, o Psikontacto pretende promover momentos bem divertidos em famílias e a aprendizagem de novas artes e competências.
Neste Domingo a sessão será dinamizada pela Rita Duque, do blog asas de peixe  (http://asas-de-peixe.blogspot.pt/) e que faz ilustrações lindas para crianças.
Podem obter mais informações aqui: http://www.psikontacto.com/
Inscrevam-se e apareçam!

Dias cinzentos

Porque há dias mais cinzentos,cá dentro e lá fora, hoje deixamos esta mensagem. Porque o optimismo é preciso!!

MARIA e eu: leitura obrigatória!

 

"Maria e eu" é um livro sobre a relação de um pai com a sua filha de 12 anos, que é autista. Quando o pai a leva a passar uns dias num resort, cheio de turistas alemães... tudo pode acontecer!
Um relato emotivo e cheio de humor sobre o dia-a-dia de um pai com a sua filha autista e todos os desafios que o autismo representa.
A não perder!

Falar bem para ler bem e escrever melhor

Porque estamos no início de mais um ano letivo e as questões da fala, da linguagem e da escrita preocupam todos os pais, hoje apresentamos um texto de uma colega da área da terapia da fala com quem trabalhamos.

"A aprendizagem da leitura e da escrita é um marco de grande importância na vida das crianças. Porém, esta aprendizagem inicia-se muito antes da entrada na escola. O desenvolvimento da linguagem está relacionado com o desenvolvimento da literacia – as suas experiências a ouvir e a falar preparam as crianças para aprenderem a ler e a escrever. Assim, crianças que entrem na escola com competências linguísticas menos consolidadas terão uma maior probabilidade de apresentar dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita.

Uma competência linguística fortemente relacionada com o desenvolvimento da leitura e da escrita é a consciência fonológica, isto é, a noção de que as palavras são compostas por diferentes sons. Diversas atividades demonstram o desenvolvimento natural da consciência fonológica nas crianças em idade pré-escolar, como as rimas (ex: balão/sabão), a aliteração (ex: o rato roeu a rolha do rei da Rússia) e a capacidade de isolar sons (ex: “sofá começa com um /s/”).

Reconhecer sinais de alerta é, então, de extrema importância. A persistência de uma maneira de falar característica de crianças mais pequenas, dificuldades na compreensão de ordens simples, desinteresse relativamente a rimas, livros ou desenhos e dificuldades em reconhecer as letras que compõem o nome da criança são sinais de alerta a discutir com o pediatra e/ou o educador para perceber a necessidade de uma avaliação mais pormenorizada por parte de um psicólogo, terapeuta da fala, ou psicomotricista. Uma intervenção precoce é essencial, para promover o desenvolvimento das áreas lacunares, de forma a facilitar o processo de aquisição da leitura e da escrita.

 Dicas para atividades promotoras do desenvolvimento da literacia na idade pré-escolar:

A habitual “falta de tempo” serve como fator desmotivante para muitos pais para incluírem, no seu dia-a-dia, atividades promotoras do desenvolvimento da linguagem e da literacia, ainda que reconheçam a sua importância. No entanto, muitas atividades podem ser feitas “em movimento”, seja no carro, na ida às compras, na sala de espera do pediatra, etc. Porém, outras, também importantes, exigem sossego. A chave está na rentabilização dos pequenos tempos disponíveis ao longo do dia. Aqui estão algumas ideias:

·         propicie momentos em que o seu filho possa ver os pais a ler;

·         planeie uma atividade diária de leitura – um livro infantil, um artigo de jornal, um pequeno poema, etc; é fundamental discutir o que foi lido;

·         momento de leitura ao deitar – após cada história, conversem sobre as características das personagens; no fim da semana, discutam semelhanças e diferenças entre personagens;

·         fomente o interesse do seu filho para cantar cantigas e fazer rimas;

·         leve o seu filho à biblioteca, e esteja atento a programas como o momento do conto e exposições.

O desenvolvimento de competências a nível da literacia inicia-se muito cedo na vida das crianças, e o papel do seio familiar nesse desenvolvimento é da maior importância, para que a criança, ao falar bem, possa também ler bem e ainda escrever melhor!"

Marisa Alves, Terapeuta da Fala no Psikontacto (www.psikontacto.com)

gelatina (mil maneiras...)

Gelatina faz-me sempre lembrar a minha avó. Tem imensa criatividade na cozinha e apresentava-a sempre de mil maneiras. Gelatina sabe bem, é fácil de confecionar e uma boa base para outros doces...
Hoje, uma receita retirada daqui: http://mdemulher.abril.com.br/culinaria/receitas/gelatina-arco-iris-402255.shtml: Gelatina arco-íris, a experimentar, parece apetitoso!

Ingredientes:
- 5 caixas de gelatina
- 2 chávenas de chá de natas
- 1/4 de chávena de chá de sumo de limão
- 1 chávena de leite condensado

Preparação:
1. Preparar cada gelatina de acordo com instruções, mas coloque apenas 1 chávena de chá de água quente e meia de fria;
2. Coloque em recipiente baixo (2 cm de altura);
3. Corte as gelatinas em cubos depois de estarem 1 dia no frigorífico;
4. Misture as natas bem batidas, o sumo do limão e o leite condensado:
5. Numa taça de vidro coloque intercaladamente a gelatina e o creme, depois coloque no frigorífico até servir.

Aproveite!

De pernas para o ar...

 

Queremos tanto que eles melhorem os bons comportamentos, que passamos grande parte do tempo a dizer-lhes "não faças, não...isto, aquilo"... Que tal virarmos a coisa do avesso, de pernas para o ar e tentar fazer o exercício (nada fácil) de deixar cair o "não" e de pensar ao contrário: que comportamentos quero que a minha filha tenha mais vezes?
Lista (das grandes? talvez pequena, devagar se faz o caminho...): Comer pela mão dela; arrumar os brinquedos no cesto. Outra possível lista: Ficar sentado à mesa durante a sopa; falar baixo; emprestar um brinquedo ao irmão depois de jantar.
Apesar das "listas" (para quem gosta delas) e do nosso esforço, o não sai. É inevitável e automático. Vamos sempre a tempo de reformular e de fazer este exercício difícil de pensar e dizer as coisas de outra forma, ao contrário! O que eu queria mesmo era que ela deixasse de correr dentro de casa - "anda devagar em casa"; Eu não quero que ele bata à irmã - "trata bem a mana","guarda as tuas mãos para ti"; Não está quieto um  minuto - "põe o carro em cima da mesa e faz a ficha".  Aos pais ajuda começar pelo verbo, usar poucas palavras e ser claro. A pensar de pernas para o ar ... os Pais? Malabaristas, lembram-se?!

Caixa do tempo

Por aqui gostamos mais de criar e inventar, mas existe um jogo já pronto, que pode ser interessante para aquela idade em que eles ainda não são adolescentes, mas também já não querem ser "crianças". Um jogo para fazer com os adultos, a Caixa do Tempo (http://www.caixadetempo.pt/jogo_cartas). Implica e obriga-nos a arranjar tempo (temos mesmo de o encontrar). O grande desafio consiste em cumprir o combinado com a criança no tempo previsto. As atividades vão desde "vale uma hora para brincarmos juntos", "vale 1 minuto para sair da mesa... e deixar o que tenho no prato", "vale um passeio… e sou eu que escolho o sítio", "tempo para me ajudares a organizar uma festa cá em casa para os meus amigos"... Para quem tem boa imaginação e "tempo" podem sempre criar as vossas próprias cartas à medida das caraterísticas, desejos e preferências dos vossos filhotes!

Post-it semanal

Por vezes é isto mesmo: precisamos de parar, olhar à volta, escutar os míudos e a nós próprios, e depois decidir e continuar! 

Leitura xs da semana: Sapo é sapo!

Esta é a história de um Sapo que queria ser tudo menos sapo, entretanto "descobre-se" e fica contente por saber que os amigos gostam dele como ele é, um sapo. Uma escolha interessante quando os mais pequenos andam numa fase em que "os outros é que são bons" ou quando temos de lidar com as diferenças. Do autor Max Velthuijs, disponível em diversos pontos de venda.

A que queremos dar atenção?

Manhã tipíca: “anda, despacha-te; não podes ser tão vagaroso; come... concentra-te no pequeno-almoço; não entornes o leite; deixa a TV; e os dentes, não lavas os dentes?”. Se eles forem mais pequenos muda o contéudo, mas não a forma: “não mexas aí, isso não; estás a sujar-te; está quieta, deixa o pai despachar-se; pára, só um bocadinho; não mandes isso ao chão; lá estás tu outra vez a fazer birra; não se morde ao mano”.
E assim começamo o dia, o deles e o nosso, a dar atenção a todos os comportamentos negativos da criança. Se chegassemos ao trabalho, e algum colega prestasse atenção a tudo o que não estamos a fazer corretamente (o que às vezes acontece - “Fala baixo; isso ainda não está bom; acho que é uma má ideia; tens de fazer isso para ontem, não podes demorar tanto), das duas uma, ou lhe respondiamos mal; ou perdiamos a confiança em nós e ficariamos certamente com menos vontade de continuar a trabalhar. Com as crianças passa-se exatamente o mesmo...
Existem dias, em que as coisas não correm particularmente bem, em que as crianças estão mais rabujentas, birrentas... e portam-se mal. É verdade! E nós queremos que aprendam a portar-se bem, que diminuam os comportamentos negativos. Temos a ilusão, tal como com os adultos, que se apontarmos o que está mal, se formos dizendo, as coisas mudam... muitas vezes na expetativa de que eles mudem, direcionamos a nossa atenção para os comportamentos negativos. Quando damos atenção aos comportamentos negativos, estamos em última instância a dar atenção à criança (o que ela mais quer no mundo!) e ao contrário do que pensamos, os comportamentos negativos aumentam. O contrário também é verdade, se dermos atenção ao positivo, aumenta a probabilidade de se voltar a repetir; o que é mais eficaz a longo prazo.
Atenção a comportamentos positivos = mais comportamentos positivos = mais vontade de mudar e agradar!
Mesmo naquela manhã difícil, ou naquele final de tarde extenuante, eles fazem qualquer coisa bem. Enquanto se sentam sossegados a ver TV ou a brincar com a irmã; quando nos pedem “por favor”; dizem obrigado; se acalmam e param de chorar; quando emprestam ao irmão mais novo o carrinho novo para brincar; quando falam baixo; ou ajudam a vestir. Se estivermos atentos a esses pequenos comportamentos (POSITIVOS) e nos lembrarmos do poder que a nossa ATENÇÃO tem na criança, estamos a contribuír para que esses momentos se multipliquem, damos à criança pistas claras do que deve fazer, e “espevitamos” na criança a vontade de se portar bem. Investimos na relação e a balança “emocional e comportamental” dos nossos filhotes fica mais equilibrada.

Nós sabemos que eles não se portam mal 24 horas por dia, 60 minutos por hora... é preciso é estar atento ao que queremos ver mais vezes, ao que realmente importa: aumentar os comportamentos positivos!

Receita da semana

Hoje a nossa sugestão é este bolinho. Uma receita simples, mas capaz de agradar a míudo e graúdos!

Bolo de Limão de Tabuleiro

4 ovos
250ml de leite + ½ copo
375g de farinha
175g+100g de açúcar
175ml de azeite ou óleo
Raspa de dois limões (os meus eram pequenos)
1 colher de chá de fermento em pó
Açúcar em pó para polvilhar

Pré-aquecer o forno a 180.ºC. Untar um tabuleiro com margarina e polvilhar com farinha. Reservar.

Numa taça colocar as gemas com o açúcar e a raspa de limão. Bater bem. Juntar depois o leite e o óleo e bater novamente.

Juntar a pouco e pouco a farinha, juntamente com o fermento e envolver. Reservar esta massa.

Noutra taça bater as claras em castelo, juntamente com as restantes 100g de açúcar. Adicionar colheradas de claras na massa reservada e envolver debaixo para cima delicadamente.

Quando estiver tudo bem envolvido, colocar a massa no tabuleiro e levar ao forno cerca de 35 a 40 minutos. Verificar a cozedura e retirar. Com o bolo ainda quente e no tabueiro, picar com um palito ou um pau de espetada e regar com o copo de leite morno. Deixar arrefecer.

Cortar o bolo em quadrados e polvilhar com açúcar em pó.
Bom apetite!

Receita retirada daqui.

Outros blogues e inspirações

Hoje deixamos-vos algumas ideias de blogues e outras fontes de inspiração, que nos ajudam nas nossas dúvidas e que são fonte de inspiração, sugestões e partilhas!

- http://mumstheboss.blogspot.pt/: muitas ideias sobre a parentalidade positiva

- http://maravilhasmaternidade.blogspot.pt/: as maravilhas da maternidade e outras coisas também maravilhosas

- http://coconafralda.clix.pt/: um clássico da blogosfera

- http://asnovenomeublogue.blogspot.pt: um design lindo e um tom optimista!

- http://tiesphoto.wordpress.com/: lindas fotografias de famílias

- http://paiscriativos.blogspot.pt/: atividades para pais e filhos

- http://ritaferroalvim.blogs.sapo.pt/: uma mãe como nós

- http://www.ahaparenting.com/: mais ideias sobre a parentalidade positiva

- www.incredibleyears.com: novidades e partilhas sobre o programa de educação parental Incredible Years

Outros há, mas ficam para um novo post!

(Boas) ideias para este fim-de-semana

Com o fim-de-semana de 3 dias já aí, aqui ficam (atrasadas!) as nossas sugestões para atividades com os mais pequenos:
- Uma ida a Guimarães, Capital da Cultura, para participar na 2ª edição do Guimarães Noc Noc (aqui). Casa particulares, ruas e instituições abrem portas, muitas delas pela primeira vez, para que todos possam sentir a Arte!
- Para quem estiver por Lisboa, no Sábado a Fundação Calouste Gulbenkian convida as famílias para Descobrirem um sem fim de atividades, desde a música à pintura, do conto às contruções, no Dia D (aqui).
- Ainda em Lisboa, e para os fãs da Xana Toc Toc, no dia 7 de Outubro ela estará no Coliseu dos Recreios (aqui). As meninas vão adorar!
- E por fim, para os que ficam por Coimbra, que tal visitarem a Feira de Artesanato Urbano, que vai decorrer no Domingo, no Parque da Cidade?
Aproveitem bem!!

Tempo para nós

Ainda a propósito do post sobre a importância do auto-controlo e de algumas estratégias para o alcançar (aqui), deixamos hoje mais um lembrete sobre a importância de olharmos por nós!
Se não o fizermos, quem o fará?

Uma atividade para cada dia do ano

Hoje a nossa sugestão semanal de leitura é de um livro muito especial e que pode tornar-se útil nos dias chuvosos (e não só) que estão para vir.

365 Atividades para fazerem com os vossos filhos, uma para cada dia do ano.

Esperamos que gostem e, como sempre, que se divirtam muito!

Auto-controlo ou como sentirmo-nos culpados menos vezes

Quando as crianças não fazem o que lhes pedimos (o que acontece, em boa verdade, a maior parte das vezes) e já estamos cansados de lhes pedir com jeitinho... quando nos continuam a desafiar e a testar a nossa paciência... muitas vezes explodimos!
Mas será que a desobediência dos mais pequenos justifica bater-lhes? Gritar-lhes? Ameaçá-los? Ou haverá outras formas de tentar lidar com a situação?
Todos os pais já se sentiram irritados, deprimidos e frustrados com a desobediência dos filhos. O grande objetivo é tentar que esses pensamentos e sentimentos não dominem a nossa vida, tornado a nossa relação com os mais pequenos um ciclo infernal!
Talvez o segredo esteja em olharmos para nós e aprendermos a lidar com as nossas respostas emocionais, ou seja, ganharmos mais auto-controlo!
Porquê? Porque nós somos os adultos da relação e, embora a maior parte das vezes façamos o melhor que podemos, é nossa responsabilidade acalmarmo-nos, controlarmo-nos e não lhes atirarmos com a nossa raiva para cima!
Pedir ajuda, frequentar grupos de pais, fazer exercício físico, ler bastante sobre a parentalidade, são algumas estratégias que podemos usar. Praticar o pensamento positivo, ter regularmente convívios sociais com outros adultos, cuidar e gostar de si, são outras!
Lembre-se que algumas situações podem ser (pelo menos naquele momento!) relativizadas e que é importante escolhermos as batalhas que travamos com eles.
Mais importante, não nos podemos nunca esquecer que nós somos os modelos deles e é pela forma como nos vêem lidar com as várias situações e controlarmo-nos (ou não!) que eles aprenderão a fazê-lo no futuro!