segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Do Natal: parte 2 (e os adultos?)



Hoje andámos às voltas... Escrever sobre o Natal, mas o quê? Parece um tema tão explorado, mas havia uma ideia: o Natal nem sempre e nem para todos é uma época feliz (porque perdemos alguém, porque nos separámos recentemente, porque temos de trabalhar até tarde) e essas pessoas também nos preocupam, também têm de ter um espaço no meio desta quadra. Depois, pensámos naqueles que fazem km de distância para ver os familiares, e os outros que ficam até às 22h de dia 24 a preparar a ceia para toda a família; e ainda os que se sentem “quase” obrigados a desfazerem-se em prendas para agradar a todos. Mas como falar disto de forma positiva? O trânsito ajuda sempre a colocar as ideias em ordem. Antes andava muito de comboio e achava sempre que à medida que o comboio avançava, os pensamentos se iam organizando e era local de grandes resoluções. 
A mensagem de hoje é decidamente para nós, adultos, pais, pessoas, irmãos, filhos, colegas de trabalho. Neste Natal, independentemente da forma como o escolher comemorar e viver, dê um pouco da sua atenção a si e aos outros. Como? A si, respeite-se e aceite a forma como quer viver esta época. Levante-se e olhe à volta, agradeça qualquer coisa (mesmo que insignificante) que lhe tenha acontecido e preste atenção ao momento presente, aos seus sentimentos. Oiça-os, dê-lhes espaço, envolva-os e satisfaça-os. Aos outros? Olhe para eles, repare no que têm de especial, no que o faz telefonar ao amigo que não vê há dois meses só para lhe desejar Bom Natal; no que o leva a oferecer uma lembrança à senhora que recebe o seu filho todas as manhãs na escola; e depois de parar e pensar diga, elogie os outros de uma forma específica (será uma das prendas mais simples e económicas que pode oferecer neste Natal) sem receio de parecer mal... use as palavras e os gestos. Esta pode ser uma forma (de entre muitas outras…) de estarmos mais atentos neste Natal, ao que a quadra evoca e aos outros, sobretudo aqueles que não estão na mesma sintonia; e de contribuirmos para as nossas memórias e para as memórias daqueles que partilham connosco esta época, a do Natal.

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