segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pais e PH/DA


Esta semana não deixamos um artigo, mas uma nota. Estivemos no final da semana passada no Congresso Anual de Hiperatividade/Défice de Atenção (PH/DA) do Centro de Desenvolvimento do Hospital Pediátrico de Coimbra. Especialistas Internacionais e Nacionais discutiam em conjunto questões relativas ao diagnóstico, comorbilidade e intervenção. A PH/DA é uma perturbação complexa, crónica e que pode ser extremamente invalidante, nos diferentes contextos de funcionamento da criança. Foi reafirmada a importância de tratamentos que aliem lado a lado o treino parental às intervenções farmacológicas em idade escolar; e que privilegiem como tratamento de primeira linha as intervenções com pais em idade pré-escolar (perante o início precoce dos sintomas). Infelizmente, cada vez existem menos recursos para este tipo de intervenção; e cada vez os pais têm menos capacidade para intervenções longas que impliquem gastos (com deslocações, taxas moderadoras), tempo e reorganização de rotinas, não porque não precisem, ou porque estas não sejam estas as intervenções mais indicadas, mas porque estão cada vez mais pressionados e limitados pelas atuais condições do nosso país.

Ainda assim fica a nota: voltou-se a falar da importância das Intervenções com Pais na PH/DA, o que exige da parte dos profissionais e dos serviços uma avaliação compreensiva e multidisciplinar, que inclua informação sobre o funcionamento familiar e práticas parentais; assim como, disponibilizar aos Pais de crianças com PH/DA este tipo de intervenção, nomeadamente intervenções que foram testadas e mostraram eficácia.

Aos Pais, queriamos relembrar (eles sabem...), que o treino parental é uma peça fundamental na intervenção da PH/DA, que pode ajudar a lidar melhor com os sintomas e a diminuir a interferência dos mesmos no contexto familiar e na interacção pais-filhos. Por isso, perguntem por este tipo de intervenção, quando for diagnosticado a uma das vossas crianças PH/DA.

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