Esta semana não deixamos um artigo, mas uma nota. Estivemos no
final da semana passada no Congresso Anual de Hiperatividade/Défice de Atenção
(PH/DA) do Centro de Desenvolvimento do Hospital Pediátrico de Coimbra.
Especialistas Internacionais e Nacionais discutiam em conjunto questões
relativas ao diagnóstico, comorbilidade e intervenção. A PH/DA é uma
perturbação complexa, crónica e que pode ser extremamente invalidante, nos
diferentes contextos de funcionamento da criança. Foi reafirmada a importância
de tratamentos que aliem lado a lado o treino parental às intervenções
farmacológicas em idade escolar; e que privilegiem como tratamento de primeira
linha as intervenções com pais em idade pré-escolar (perante o início precoce
dos sintomas). Infelizmente, cada vez existem menos recursos para este tipo de
intervenção; e cada vez os pais têm menos capacidade para intervenções longas que
impliquem gastos (com deslocações, taxas moderadoras), tempo e reorganização de
rotinas, não porque não precisem, ou porque estas não sejam estas as
intervenções mais indicadas, mas porque estão cada vez mais pressionados e
limitados pelas atuais condições do nosso país.
Ainda assim fica a nota: voltou-se a falar da importância
das Intervenções com Pais na PH/DA, o que exige da parte dos profissionais e
dos serviços uma avaliação compreensiva e multidisciplinar, que inclua informação
sobre o funcionamento familiar e práticas parentais; assim como, disponibilizar
aos Pais de crianças com PH/DA este tipo de intervenção, nomeadamente
intervenções que foram testadas e mostraram eficácia.
Aos Pais, queriamos relembrar (eles sabem...), que o treino parental é uma
peça fundamental na intervenção da PH/DA, que pode ajudar a lidar melhor com
os sintomas e a diminuir a interferência dos mesmos no contexto familiar e na interacção
pais-filhos. Por isso, perguntem por este tipo de intervenção, quando for
diagnosticado a uma das vossas crianças PH/DA.
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